DO FIM, DO SUICÍDIO E DA MORTE

Corteje-me o quanto quiser.
De ti, me livro agora.
Vida ingrata que me afaga.
Dure o tempo que tiver,
Despeço-me de ti e, vou embora.
Pois, tudo que me fez, tornou-me amarga.

Quando achei que podia por fim
Em toda dor que em mim vivia,
Descobri que a morte era apenas um pingo d’água,
Num oceano que não finda,
Nas lembranças dessa vida passada

Carreguei-te culpa, por toda vida.
Por todo meu ser, em todo meu viver.
E culpada fui por querer da vida viver.
E agora, sou mais culpada sou,
Pois, da morte quero ver,
Já que a vida em mim finda.
Não sou mais nada, passou!

Sou instante roubado,
Em fim anunciado
Suicídio realizado.
Pela morte visitado

 

OLIVEIRA, A. C.

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